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Turquia diz que relatório dos direitos humanos dos EUA está ‘cheio de representações falsas’

Turquia diz que relatório dos direitos humanos dos EUA está ‘cheio de representações falsas’
abril 23
13:00 2018

A Turquia, no domingo, criticou um documento do Departamento de Estado dos EUA publicado recentemente intitulado “ Relatório dos Direitos Humanos de 2017 da Turquia ”, dizendo que está “cheio de representações falsas, acusações e alegações inaceitáveis”.

“As medidas necessárias e proporcionais tomadas dentro do contexto de nossa justa e legítima luta contra organizações terroristas … são novamente apresentadas de uma maneira tendenciosa que não reflete as realidades”, disse o Ministério das Relações Externas em uma declaração no domingo sobre o relatório anual, que foi publicado na semana passada.

Em referência à caça às bruxas do governo turco que mira membros do Movimento Gulen, acusado de arquitetar um golpe fracassado em 2016, o Ministérios das Relações Exteriores disse que o relatório “que repete as narrativas de grupos afiliados a terroristas e representa mal e grosseiramente a luta contra o terrorismo como sendo ‘conflito interno’, foi preparado por um país que hospeda o líder da FETO”.

“FETO” é um termo derrogatório cunhado pelo governo turco para se referir ao Movimento Gulen, que é baseado na fé, inspirado pelo clérigo islâmico turco Fethullah Gulen, que vive em exílio autoimposto nos Estados Unidos.

O Movimento nega fortemente qualquer envolvimento no golpe fracassado.

O Ministério das Relações Exteriores acusou o Departamento de Estado de “ignorar” a luta contra “a organização terrorista radical FETO, que tentou se infiltrar nas instituições estatais para capturar o estado turco a partir de dentro, e acabou montando uma sangrenta tentativa de golpe …” e disse que a Turquia estava “entristecida” pois o relatório apresentou as “alegações e acusações de organizações afiliadas a terroristas como realidade”, dessa forma “politizando” a questão dos direitos humanos.

O Ministério das Relações Externas ainda continuou e recomendou que os países que levantam alegações injustas contra a Turquia primeiro “ponham um fim às violações sistemáticas dos direitos humanos contra seus próprios cidadãos”.

“A Turquia mantém resolutamente seu comprometimento com os princípios da democracia, direitos humanos e o estado de direito enquanto luta intensamente contra diversas e severas ameaças terroristas”, alegava a declaração, acrescentando que “continuaremos a agir de acordo com as nossas obrigações internacionais e trabalharemos ininterruptamente para fortalecer ainda mais os direitos e liberdades fundamentais”.

A Turquia sobreviveu uma tentativa de golpe em 15 de julho de 2016 que matou 249 pessoas. Imediatamente após a tentativa, o governo do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan colocaram a culpa no Movimento Gulen.

Gulen, que inspirou o Movimento, negou fortemente ter qualquer papel no golpe fracassado e pediu por uma investigação internacional sobre o caso, mas o Presidente Erdogan — chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” — e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do Movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as em custódia.

A Turquia suspendeu ou demitiu mais de 150.000 juízes, professores, policiais e funcionários públicos desde 15 de julho de 2016. Em 13 de dezembro de 2017 o Ministério da Justiça anunciou que 169.013 pessoas estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado.

O Ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, anunciou em 18 de abril de 2018 que o governo turco havia prendido 77.081 pessoas entre 15 de julho de 2016 e 11 de abril de 2018 por supostas ligações com o Movimento Gulen.

Fonte: www.turkishminute.com

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