Turquia começará a repatriar terroristas do ISIL na próxima semana
Ancara disse que na segunda-feira começará a devolver militantes capturados do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque e Levante (ISIL) para suas terras, informou o serviço em inglês da Deutsche Welle.
O anúncio ocorre dias depois que o ministro do Interior turco, Süleyman Soylu, disse que a Turquia “não era um hotel para membros do ISIL de nenhum país”.
De acordo com a agência de notícias estatal Anadolu, Soylu disse na sexta-feira que os combatentes do ISIL seriam devolvidos aos seus países de origem mesmo que sua cidadania tivesse sido revogada, embora não esteja claro se isso será possível.
“Agora estamos dizendo que vamos enviá-los de volta para vocês. Estamos começando na segunda-feira ”, disse Soylu.
O anúncio do repatriamento ocorre após críticas da Turquia a países europeus que relutam em retomar seus nacionais que lutam por um “califado” do ISIL na Síria e no Iraque.
Vários países europeus estão desprovendo os militantes de sua cidadania para impedir seu repatriamento em meio a temores de uma reação política, preocupações sobre se podem ser levados a julgamento com sucesso e preocupações sobre possíveis ataques extremistas em casa.
A Grã-Bretanha revogou a cidadania de mais de 100 pessoas por supostamente se juntar a grupos jihadistas no exterior.
Ao todo, a Turquia quer enviar até 1.300 jihadistas estrangeiros para seus países na Europa e em outros lugares. Relata-se que vinte deles sejam alemães.
Além dos presos na Turquia, as forças curdas da Síria mantêm cerca de 11.000 combatentes do ISIL em prisões no nordeste da Síria, além de dezenas de milhares de mulheres e crianças que são membros de suas famílias.
Acredita-se que cerca de um quinto dos combatentes do ISIL presos pelas forças curdas sírias no nordeste da Síria sejam europeus. Segundo o Ministério do Interior alemão, mais de 80 membros alemães do ISIL estão presos na Síria e no Iraque.
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