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Rússia e Turquia defendem ‘zonas de desescalada’ para pacificar a Síria

Rússia e Turquia defendem ‘zonas de desescalada’ para pacificar a Síria
maio 04
11:40 2017

A Rússia, aliada do regime sírio, e a Turquia, que apoia os rebeldes, propuseram nesta quarta-feira (3) a criação de “zonas de desescalada” para “pacificar” a Síria e fortalecer o cessar-fogo.

Putin, que recebeu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan na estância balneária de Sochi, às margens do Mar Negro, revelou seu projeto para alcançar “uma pacificação” na Síria e “um reforço do cessar-fogo”, em uma coletiva de imprensa com o seu colega turco.

Para este fim, ele propôs a criação de “zonas de desescalada”, um termo confuso que poderia aproximar-se da ideia de zonas tampão, sem a necessidade do envio de soldados para garantir o cessar-fogo.

Estas zonas, se criadas, deverão ser acompanhadas de áreas de exclusão aérea, desde “que não haja qualquer atividade militar nesses locais”, indicou Putin.

O presidente russo disse que comunicou o seu projeto a Damasco, Teerã e também ao presidente americano Donald Trump. “Se entendi bem, o governo dos Estados Unidos apoia a ideia”, afirmou.

O conflito sírio causou mais de 320 mil mortos e milhões de deslocados desde o seu início, em 2011, e a presença estrangeira é decisiva no rumo que a guerra tomou.

Negociações em Astana

Por sua vez, Erdogan assegurou que havia estudado com Putin o estabelecimento dessas zonas “no mapa”, e pediu que a ideia seja adotada na quarta rodada de negociações sobre a paz na Síria entre os rebeldes e o regime em Astana.

O projeto de Moscou seria discutido nesta quarta-feira em Astana, capital do Cazaquistão, onde estão reunidos representantes do regime de Bashar al-Assad e dos rebeldes sírios, diplomatas russos, turcos e iranianos, e o enviado especial da ONU Staffan de Mistura.

Mas antes do encontro, os rebeldes anunciaram que se retiravam das negociações até que o exército sírio pare com os bombardeios. Mas os rebeldes reconheceram que as zonas seguras podem ser “uma medida temporária para melhorar a difícil situação humanitária dos civis” no país em guerra.

Os opositores ao regime de Assad já recorreram algumas vezes à política da “cadeira vazia”, e poderiam retornar na quinta-feira às negociações.

‘Diálogo político’

Moscou propõe a criação dessas zonas seguras em territórios rebeldes da província de Idlib (noroeste), na província central de Homs, no enclave rebelde de Guta – a leste de Damasco – e na parte sul do país.

De acordo com este documento, as áreas “de desescalada” deverão ser acompanhadas de “zonas de segurança”, com postos de controle e centros de vigilância geridos conjuntamente pelo exército sírio e os rebeldes.

O objetivo desta iniciativa consiste em “acabar imediatamente com a violência” e “estabelecer as condições para o retorno seguro e voluntário dos refugiados”.

A proposta estipula ainda que a Turquia, Irã e Rússia serão os avalistas do acordo e que se comprometem a criar um “grupo de trabalho conjunto” dentro de cinco dias após os beligerantes assinarem o documento.

Putin ressaltou que a luta contra “organizações terroristas”, como o grupo Estado Islâmico (EI) ou a Frente Fateh al-Sham, ex-facção síria da Al-Qaeda, continuará apesar da eventual criação de tais zonas.

Por France Presse

Fonte: http://g1.globo.com

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