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Ex-chefe de inteligência pede por uso de táticas do ASALA e do MOSSAD para matar seguidores de Gulen

Ex-chefe de inteligência pede por uso de táticas do ASALA e do MOSSAD para matar seguidores de Gulen
janeiro 16
15:09 2018

Ismail Hakki Pekin, um ex-chefe de inteligência do Estado-Maior turco, sugeriu que a Turquia faça uso de táticas que utilizou contra o grupo militante armênio Exército Secreto Armênio para a Libertação da Armênia (ASALA) e as empregadas pela agência de inteligência israelense MOSSAD contra nazistas, para assassinar seguidores do Movimento Gulen, que é baseado na fé, fora da Turquia.

As declarações de Pekin foram publicadas pelo jornal Milliyet da Turquia em sua edição de segunda-feira.

O governo turco tem travado uma guerra contra o Movimento Gulen desde a eclosão de um escândalo de corrupção no final de 2013, que culminou em uma guerra aberta logo após a tentativa de golpe em 15 de julho de 2016. O governo alega que tanto as investigações de corrupção e o golpe fracassado foram arquitetados pelo Movimento, enquanto que o Movimento também nega fortemente qualquer envolvimento na tentativa.

Pekin disse que Fethullah Gulen, cujas opiniões e pontos de vista inspiraram o Movimento, e que tem vivido nos EUA desde 1999, e seguidores de Gulen no exterior devem ser trazidos para a Turquia a força, e se eles não puderem ser trazidos de países como os EUA e a Alemanha, então devem ser assassinados onde residem por meio de operações a serem realizadas pela Turquia.

Como aquelas contra o ASALA, como o que o MOSSAD fez com os nazistas… Cada uma delas [operações] será planejada uma por uma, os indivíduos serão marcados e listados. Pode-se fazer isso oferecendo uma recompensa [para os matadores], mas tem-se que fazer isso, de qualquer forma. O que eles fizeram não deve ficar sem castigo. De outra forma, não podemos sair dessa situação”, disse Pekin.

Acredita-se que o ASALA, que matou dezenas de diplomatas turcos nos anos 1980, foi esmagado pela Organização da Inteligência Nacional (MIT) da Turquia.

De acordo com o ex-chefe de inteligência, o Movimento Gulen não pode ser exterminado na Turquia em apenas alguns anos, portanto um centro de comando deve ser estabelecido para a luta contra o Movimento.

Ao longo dos últimos meses, em uma jogada que horrorizou muitos, várias figuras pró-governo também clamaram pelo assassinato dos seguidores de Gulen no exterior.

O deputado Garo Paylan do Partido Democrático Popular (HDP), pró-curdos, em 20 de dezembro, disse que havia uma inteligência confirmada de que opositores exilados do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, incluindo líderes alevitas e armênios, jornalistas e acadêmicos, estariam expostos a assassinatos e uma a uma série de assassinatos na Europa, informou o CNN Turk.

A declaração de Paylan ocorreu dias depois que jornalistas pró-Erdogan ameaçarem membros do Movimento Gulen que estão vivendo em exílio.

Aydin Unal, um ex-redator de discursos do Presidente Erdogan e atual deputado do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), ameaçou jornalistas turcos em exílio com assassinatos extrajudiciais em uma coluna publicada e 4 de dezembro no jornal pró-Erdogan Yeni Safak.

O deputado do AKP listou os nomes de jornalistas a serem alvos: Ekrem Dumanlı, Adem Yavuz Arslan, Celil Sağır, Bülent Keneş, Abdülhamit Bilici, Erhan Başyurt, Emre Uslu, Akın İpek e Can Dündar.

Hikmet Genc, colunista do jornal pró-governo Yeni Safak, um partidário ferrenho de Erdogan, disse em 14 de dezembro que seguidores do Movimento Gulen, que é baseado na fé, que são culpados pelo governo turco pelo golpe fracassado em 2016, em breve não serão capazes de andarem livremente nos EUA, ameaçando-os ao dizer: “Não descansem despreocupados à noite”.

Em um programa de TV em 20 de dezembro de 2016, outro colunista pró-Erdogan, Cem Kucuk, pediu pelo assassinato dos jornalistas exilados Ekrem Dumanlı, Emre Uslu, İhsan Yılmaz, Abdullah Bozkurt e outros jornalistas que estão vivendo em exílio e que estão ligados a mídias próximas ao Movimento Gulen.

Atirem neles na cabeça”, havia dito Kucuk.

Em 12 de dezembro de 2017, Kucuk juntamente ao jornalista Fuat Ugur, disse que a inteligência turca deveria matar membros da família de seguidores de Gulen que estejam presos para transformar os detentos em agentes para o regime Erdogan.

Fonte: www.turkishminute.com

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