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HRW exige que Turquia liberte presidente da Anistia Internacional

HRW exige que Turquia liberte presidente da Anistia Internacional
junho 09
10:43 2017

A organização não governamental Human Rights Watch (HRW) exigiu nesta quinta-feira que a Turquia liberte “de forma imediata” o presidente da Anistia Internacional (AI) no país, Taner Kiliç, detido na terça-feira passada sob a acusação de golpismo.

“A Turquia deveria libertar Taner Kiliç, um incansável defensor dos direitos humanos, conhecido pelo seu apoio à Anistia Internacional durante muitos anos”, disse o diretor da HRW para a Europa e a Ásia Central, Hugh Williamson, em um comunicado.

A detenção do ativista “sob a suspeita de delitos terroristas parece uma tática dirigida a desacreditar o seu legítimo trabalho de defesa dos direitos humanos”, acrescentou.

O comunicado lembrou que, segundo a imprensa turca, a operação na qual Kiliç foi detido, junto com outros 22 advogados, na cidade de Esmirna, estava vinculada à investigação em curso contra os seguidores do pregador islamita Fethullah Gülen.

Ancara acusa Gülen de ter urdido o fracassado golpe militar de julho de 2016 e considera que a sua confraria é uma organização terrorista.

A HRW ressalta que “os relatórios governamentais” sobre a operação policial “insistem na afiliação” do detido à AI.

Kiliç “é membro fundador da AI na Turquia e presidente de sua junta diretiva desde 2014. Também desempenhou um papel importante na defesa dos direitos dos refugiados como advogado e entre os grupos não governamentais nacionais e outros que trabalham nestas questões”, recordou o comunicado.

“Milhares de pessoas foram detidas por supostos vínculos gülenistas e dezenas de milhares de pessoas foram despedidas do emprego nos serviços públicos”, acrescentou.

Na operação na qual Kiliç foi detido em Esmirna, a polícia realizou uma busca intensa em seu escritório, copiando o conteúdo dos seus computadores, na presença dos seus advogados, segundo explicou na terça-feira à Agência Efe Andrew Gardner, da AI na Turquia.

“Conhecemos Taner há muito tempo e sabemos que não cometeu nenhum delito”, garantiu Gardner.

EFE  
Originalmente publicado em: www.terra.com.br

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