Voz da Turquia

O Presidente Recep Tayyip Erdogan disse que os que votarem contra o pacote de reformas constitucionais no referendo, que entre outras coisa traz uma presidência executiva à Turquia, estarão na verdade ficando do lado dos golpistas que perpetraram a tentativa fracassada de golpe em 15 de julho de 2016.

Na sexta-feira passada, Erdogan aprovou o pacote de reformas constitucionais contendo 18 artigos, que será posto no referendo de 16 de abril deste ano.

Falando em uma coletiva de imprensa antes de partir para o Bahrein para uma visita oficial no domingo, Erdogan disse: “16 de abril vai ser ao mesmo tempo uma resposta a 15 de julho. Será uma jogada importante contra 15 de julho. A posição dos que disserem “não” será de estar do lado dos golpistas de 15 de julho. Ninguém deve tirar um significado diferente disso”.

Em uma declaração anterior, Erdogan e também o Primeiro-Ministro Binali Yildirim acusaram os que potencialmente disserem “não” no referendo de ficar do lado das organizações terroristas.

O governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), apoiado pelo Partido do Movimento Nacionalista (MHP), avançaram através da legislação que o Presidente Erdogan diz que trará a liderança forte necessária para prevenir o retorno dos frágeis governos de coalizão do passado.

O Partido Popular Republicano (CHP) de o Partido Democrático Popular (HDP), que é pró-curdo, temem que a reforma servirá de combustível para o autoritarismo.

A reforma permitirá a Erdogan nomear e dispensar ministros do governo, retomar a liderança do partido governante e governar até 2029.

Os planos preveem eleições presidenciais e gerais em 2019, com um máximo de dois mandatos de cinco anos.

Fonte: www.tukishminute.com