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Erdogan exorta os EUA a extraditarem Gülen em troca de pastor americano

Erdogan exorta os EUA a extraditarem Gülen em troca de pastor americano
setembro 28
16:40 2017

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, exortou os EUA a extraditarem o erudito islâmico turco Fethullah Gülen em troca de soltarem o pastor americano Andrew Brunson, que está preso na Turquia desde outubro de 2016.

As declarações de Erdogan foram feitas hoje durante a cerimônia de graduação da academia de polícia em Ancara.

Criticando os EUA por não tomarem qualquer ação e permanecerem em silêncio apesar das exigências da Turquia de que extraditassem Gülen, que é acusado pelo governo turco de montar uma tentativa frustrada de golpe em julho de 2016, Erdogan acusou os EUA de tentarem dividir a Turquia.

“Algumas pessoas estão tentando nos dividir, nos esmagar. Mas não vão ser capazes de dividir esta nação e país, não vão ser capazes de demolir ela. Eles querem um clérigo da gente, vocês também têm um clérigo. Extraditem ele para que a gente possa processar ele,” disse Erdogan.

Erdogan já repetidas vezes exortou os EUA a ou extraditarem ou deterem Gülen, apesar de não ter enviado quaisquer evidências aos EUA de que Gülen arquitetou a tentativa fracassada de golpe.

Gülen pediu por uma investigação internacional sobre a tentativa de golpe enquanto que Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – lançou um expurgo generalizado com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as sob custódia.

O pastor americano Brunson, que foi preso devido a supostas ligações com o Movimento Gülen, que é baseado na fé, foi acusado de adquirir informações políticas e militares secretas, tentando destruir a ordem constitucional e derrubar o Parlamento Turco.

Negando todas as acusações contra ele, Brunson disse que é uma pessoa que defende Jesus, tentando estabelecer igrejas na Turquia de acordo com a lei. “Não sou membro de um movimento islâmico. Eu nunca vi qualquer membro da FETÖ (um termo derrogatório inventado pelo governo turco para se referir ao Movimento Gülen) na minha vida,” disse ele.

Já em maio, a CNN Türk informou que o presidente americano, Donald Trump, pediu ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que assegurasse o retorno de Brunson durante sua visita à Casa Branca.

Uma declaração publicada pela Casa Branca também disse que Trump pediu pela soltura de Brunson por três vezes e sua deportação imediata para os EUA durante uma reunião com Erdogan.

Brunson, nativo da Carolina do Norte, tem estado em custódia desde Outubro depois que ele e sua esposa foram detidos sob acusações de violação de imigração. Na época, os Brunsons tinham uma pequena igreja em Esmirna. Eles já viviam na Turquia há 23 anos.

A esposa de Brunson, Norine, foi logo solta, mas o pastor permaneceu em custódia e logo viu suas acusações aumentadas para terrorismo. Os promotores sugeriram em audiências no tribunal que Brunson está preso sob suspeitas de ser um seguidor de Gülen.

O jornal pró-Erdogan Takvim acusou Brunson de estar por detrás da tentativa de golpe, alegando que ele seria o chefe da CIA se a tentativa de golpe tivesse sido bem-sucedida.

De acordo com o jornal Takvim, Brunson é um “agente de alto-nível da CIA” e também um “membro de alto-nível do Movimento Gülen.”

A prisão do pastor paralisou as operações da CIA na Turquia, de acordo com o artigo, e os EUA têm exercido todos os meios para o salvar.

Fonte: www.turkishminute.com

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