Voz da Turquia

Os principais conselheiros do presidente dos EUA, Joe Biden, e do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, falaram na quarta-feira sobre questões de defesa e como resolver desacordos, disse a Casa Branca, dias depois que o líder da Turquia ameaçou expulsar os EUA e outros embaixadores. 

Erdogan no fim de semana ordenou que 10 enviados fossem declarados “persona non grata” por procurarem a libertação do filantropo preso Osman Kavala. Ele retirou a ameaça na segunda-feira, dizendo que os enviados haviam recuado e que seriam mais cuidadosos. 

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o conselheiro Erdogan, Ibrahim Kalin, discutiram uma série de questões incluindo a relação de defesa EUA-Turquia, Afeganistão, Oriente Médio, Sul do Cáucaso e Mediterrâneo Oriental, disse a Casa Branca em um comunicado. 

“Eles também concordaram com a importância do diálogo contínuo para administrar os desacordos e manter laços bilaterais construtivos”, disse a Casa Branca em alusão à disputa diplomática. 

A emissora estatal turca TRT Haber disse que Sullivan e Kalin discutiram o programa de caças F-35, do qual Washington expulsou Ankara por sua compra de defesas russas, e o pedido da Turquia de compra de jatos F-16 e kits de modernização. 

Kalin e Sullivan também conversaram sobre detalhes da reunião planejada entre Erdogan e Biden em Glasgow no final deste mês, disse a TRT. 

Disse que as autoridades haviam enfatizado a importância estratégica dos laços turcos-americanos, de discutir questões com “respeito mútuo, compreensão e dentro da estrutura de interesses comuns”, e de aderir a acordos internacionais. 

Kalin disse a Sullivan que a batalha da Turquia contra as milícias na Síria que “ameaçam a segurança da fronteira de nosso país e a integridade territorial da Síria”, incluindo o YPG curdo apoiado pelos EUA, continuaria de forma determinada, informou o TRT. 

Relatório de Doina Chiacu em Washington e Tuvan Gumrukcu em Ankara; Edição de Steve Orlofsky 

Fonte: U.S., Turkish presidential advisers discuss defense relationship, disagreements | Reuters