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Comissão dos EUA discute a repressão do governo turco contra a dissidência e cidadãos americanos

Comissão dos EUA discute a repressão do governo turco contra a dissidência e cidadãos americanos
novembro 17
11:20 2017

A Comissão dos EUA sobre Segurança e Cooperação na Europa (CSCE), a.k.a. a Comissão de Helsinque, realizou uma audiência na quarta-feira sobre as vítimas, incluindo cidadãos americanos, de uma repressão do governo turco logo após o golpe frustrado do ano passado.

Durante a audiência, intitulada “Prisioneiros do Expurgo, As Vítimas do Estado de direito em dificuldades na Turquia”, a CSCE, presidida pelo senador americano Thom Tillis, ouviu Jonathan R. Cohen, vice-secretário assistente, Birô de Assuntos Europeus e Eurasianos; CeCe Heil, conselho executivo do Centro Americano para Lei e Justiça; Jacqueline Furnari, filho do pastor americano Andrew Brunson, que foi preso na Turquia há mais de um ano por supostas ligações com a tentativa de golpe; e Nate Schenkkan, diretor do Projeto Nações em Trânsito na Casa da Liberdade.

A comissão examinou os fatores que estão contribuindo para a detenção de cidadãos americanos, particularmente Brunson, e funcionários do consulado dos EUA na Turquia e também os processos judiciais aos quais estiveram sujeitos.

Falando durante a audiência, Cohen disse que os EUA não acreditam que as acusações contra Brunson, que incluem espionagem, tentar derrubar o governo turco e filiação a uma organização terrorista, sejam precisas.

Ele também destacou que as autoridades americanas estão revisando cuidadosamente o material fornecido pelas autoridades turcas para a extradição de Fethullah Gulen, erudito islâmico turco radicado na Pensilvânia. O governo turco acusa Gulen e seu movimento de estarem por detrás do golpe fracassado. Gulen nega fortemente qualquer envolvimento.

Também falando durante a audiência, Jacqueline, a filha de Brunson, disse que as acusações contra seu pai são “absurdas” pois ele nunca esteve envolvido em algum crime na Turquia, onde viveu por 23 anos.

Apesar dos esforços do presidente dos Estados Unidos, entre muitos outros, Brunson passou mais de um ano na cadeia sem julgamento sob acusações de segurança nacional. E ainda mais, um cientista turco-americano da NASA e dois funcionários turcos de consulados dos EUA estão acusados de ofensas de terrorismo.

Brunson foi preso em outubro de 2016 por sua ligações com o Movimento Gulen e foi acusado de adquirir informações políticas e militares secretas, tentar destruir a ordem constitucional e derrubar o Parlamento Turco.

Falando durante uma cerimônia de graduação da academia de polícia em Ancara em 28 de setembro, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan exortou os EUA a extraditarem Gulen em troca da soltura de Brunson.

“Algumas pessoas estão tentando nos dividir, nos esmagar. Mas eles não vão se capazes de dividir essa nação e país, eles não serão capazes de demoli-la. Eles querem um clérigo de nós, vocês têm um clérigo, também. Extraditem-no para que assim possamos processá-lo”, disse Erdogan.

No começo de maio, a CNN Turk informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu a Erdogan que assegurasse a soltura de Brunson durante sua visita à Casa Branca.

Uma declaração publicada pela Casa Branca também disse que Trump pediu pela soltura de Brunson três vezes e sua deportação imediata para os EUA durante uma reunião com Erdogan.

Brunson, nascido na Carolina do Norte, tem estado sob custódia desde outubro depois que ele e sua esposa foram detidos sob acusações de violação da imigração. Na época, os Brunsons tinham uma pequena igreja cristã em Esmirna. Eles já viviam na Turquia há 23 anos.

A esposa de Brunson, Norine, foi logo solta, mas o pastor permaneceu em custódia e logo viu suas acusações aumentadas para terrorismo. Os promotores sugeriram e audiências no tribunal que Brunson está sendo mantido sob suspeita de ser um seguidor de Gulen.

As relações da Turquia com os EUA ficaram ainda mais desgastadas depois que uma crise diplomática eclodiu em 6 de outubro quando autoridades turcas prenderam Metin Topuz, um funcionário turco do Consulado Geral dos EUA em Istambul, sob acusações de espionagem.

A prisão de Topuz levou Washington a suspender todos os serviços de visto para não-imigrantes nas missões diplomáticas na Turquia, atitude que foi imediatamente seguida por uma jogada recíproca da Embaixada Turca em Washington para suspender entradas de visto dos EUA em 8 de outubro.

Fonte: www.turkishminute.com

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