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Executiva do AKP diz que Erdogan foi enviado por Deus como uma esperança para os muçulmanos

Executiva do AKP diz que Erdogan foi enviado por Deus como uma esperança para os muçulmanos
dezembro 28
10:59 2017

Belma Erdogan, executiva do governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), disse na terça-feira que o presidente turco e líder do AKP, Recep Tayyip Erdogan, é uma grande pessoa, enviado por Deus como esperança para a Ummah (nação ou comunidade constituída por todos os muçulmanos do mundo).

Discursando durante uma reunião da ala das mulheres do AKP no distrito Kahramankazan de Ancara na terça-feira, Belma Erdogan disse: “O nosso presidente [Erdogan] foi enviado por Deus, uma esperança para a Ummah muçulmana. Existe alguma outra opção a não ser seguir e servir ele? Não, não existe, e nem deveria”.

No começo de 2017, Suat Unal, um membro do conselho da filial Aydin Efeler do AKP, compartilhou uma mensagem nas mídias sociais dizendo que Erdogan seria um califa até 2023 e que Deus completaria a luz divina.

Referindo-se a uma declaração do colunista pró-Erdogan Abdurahman Dilipak que disse: “Erdogan será um califa depois que conseguir sua nova condição de presidente. Até as salas no Aksaray [o Palácio Presidencial] estão prontas. A União Islâmica será estabelecida”, postou Unal, “2023. Deus completará a luz divina”, em sua página no Facebook.

“O califado chegou no Parlamento Turco. O governo vem fazendo o que é necessário. Se Tayyip Erdogan mudar para um sistema presidencial, ele provavelmente nomeará conselheiros a territórios muçulmanos, ao territórios fiéis ao califa. Ele também criará escritórios representação da União Islâmica em Bestepe [o Palácio Presidencial em Ancara]”, disse Dilipak, islamista político, em uma conferência em Toronto em 2015.

Fatih Nurullah Efendi, o líder da seita Ussaki, disse em uma transmissão de um discurso na TV Nurani em outubro de 2016 que a República da Turquia, que foi estabelecida em 1920, acabou e que o segundo Império Otomano se tornou uma realidade.

“O líder do segundo Império Otomano é o Tayyip Bey [o Presidente Recep Tayyip Erdogan]. Ele é o nosso primeiro sultão”, disse Nurullah Efendi.

Ele também alegou que o novo estado que vem se erguendo depois de um hiato de 100 anos, referindo-se à República da Turquia, será uma continuação do estado estabelecido em Medina pelo Profeta Maomé.

Autoridades do governo do AKP já estiveram sob fogo por suas afirmações controversas sobre religião e sua atribuição de retidão ao ex-Primeiro-Ministro e atual Presidente Erdogan.

O vice-presidente do AKP, Mustafa Atas, disse em 28 de março de 2016 que o Presidente Erdogan é uma bênção de Deus para a Ummah, a comunidade mundial de muçulmanos.

Ismail Hakki Eser, presidente provincial de Aydin pelo AKP, foi citado com dizendo que ele e os simpatizantes do partido amam Erdogan tanto que pensam dele “como um segundo profeta”.

Em um estado de espírito similar, o vice-Ministro da Saúde, Agah Kafkas, disse uma vez: “Quando colocamos a fundação de um [estabelecimento], também fornecemos a data para sua abertura. Esta é a sunnah [práticas muçulmanas baseadas na vida e ensinamentos do Profeta Maomé] de Tayyip Erdogan”.

Nenhuma autoridade ou partidário do governo se opôs publicamente às declarações.

O deputado de Bursa pelo AKP, Huseyin Sahin, é conhecido por ter dito que tocar Erdogan era uma forma de oração, enquanto que o deputado de Duzce pelo AKP, Fevai Arslan, disse que Erdogan possui todos os atributos do próprio Deus.

Fonte: www.turkishminute.com

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