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Pastor americano preso na Turquia por ligações com o movimento Gulen

Pastor americano preso na Turquia por ligações com o movimento Gulen
dezembro 12
09:49 2016

Um tribunal em Esmirna, na sexta-feira, decidiu pela prisão de um pastor americano chamado Andrew Craig Brunson, que vive na Turquia há 20 anos, por acusações de ligações com o movimento Gulen (Hizmet). O movimento é acusado pelo governo turco de arquitetar o golpe fracassado em 15 de julho.

A esposa de Brunson, Norine, foi levada pela polícia sob custódia para uma centro de imigração em Esmirna no dia 7 de outubro para deportação.

Apesar de o tribunal ter decidido pela soltura da esposa de Brunson, ele também decidiu pela prisão do pastor americano por acusações de ser uma “ameaça à segurança nacional” da Turquia.

De acordo com o jornal Hurriyet, a prisão de Brunson foi baseada em um depoimento feito por uma testemunha anônima em Esmirna.

Brunson tinha escapado de um ataque armado em Esmirna em 2011 enquanto estava no jardim de uma igreja em Esmirna.

Enquanto isso, outro pastor americano, Ryan Keating, que morou em Ancara pelos últimos 23 anos, juntamente a sua esposa e filhos, foi detido no Aeroporto Ataturk de Istambul no meio da noite de 8 de outubro, interrogado e colocado em um avião para Londres.

Keating trabalhava na Igreja Kurtulus em Ancara e estava completando seu curso de doutorado em filosofia da religião na Universidade de Ancara.

De acordo com o portal de notícias Religion News, Keating disse que foi trancado em uma sala no Aeroporto Ataturk – a polícia turca chamava o lugar de casa de hóspedes – com 15 a 20 outras pessoas. “Alguns eram suspeitos de serem terroristas e membros do Estado Islâmico (ISIS)”, disse Keating.

“Eu fui considerado como uma ameaça à segurança nacional. Isso se transformou em um rótulo genérico usado para deportar qualquer um que eles não querem que fique no país, sem qualquer evidência ou investigação”, acrescentou ele.

A Turquia sobreviveu a uma tentativa de golpe militar em 15 de julho que matou mais de 240 pessoas e feriu outras mil. Imediatamente após a tentativa de golpe, o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan, colocaram a culpa no movimento Gulen, um movimento social civil global inspirado pelas ideias e opiniões de Fethullah Gulen, erudito turco radicado nos EUA.

O governo, sob uma declaração de estado de emergência, decidiu tomar centenas de empresas, confiscar bens de empresários e fechar instituições, que fossem ligados ao movimento.

Apesar do fato de que Gulen negou a acusação e clamou por uma investigação internacional sobre a tentativa de golpe, o Presidente Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – juntamente ao governo turco, lançou um expurgo amplo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as sob custódia.

Fonte: www.turkishminute.com

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