Voz da Turquia

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse durante uma reunião extraordinária da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) em Istambul, na quarta-feira, que os EUA não mais poderiam ser um mediador nos esforços para se acabar com o conflito entre Israel e Palestina, após sua decisão de reconhecer Israel como a capital de Israel.

De acordo com a Reuters, Erdogan disse: “Precisamos discutir quem será o mediador de agora em diante. Isso precisa ser tratado na ONU, também”, enquanto se dirigia a mais de 50 líderes de países membros da OCI em Istambul.

Um comunicado postado no site do Ministério das Relações Exteriores turco disse que os emires, presidentes e ministros reunidos em Istambul consideravam a ação de Trump “como um anúncio da retirada da Administração dos EUA de seu papel como patrocinador da paz”.

O comunicado no site do ministério turco e uma “Declaração de Istambul” separada distribuída a jornalistas após a reunião disseram que os líderes exortaram todos os países a reconhecerem Jerusalém Oriental como a capital da Palestina.

“Convidamos a Administração Trump a reconsiderar sua decisão que vai contra as leis e que pode desencadear … caos na região, e a rescindir seu passo equivocado”, dizia a declaração.

Os líderes, incluindo o presidente palestino, Mahmoud Abbas, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, e o Rei Abdullah, da Jordânia, um aliado próximo dos EUA, todos criticaram a ação de Washington.

“Jerusalém é e sempre será a capital da Palestina”, disse Abbas, acrescentando que a decisão de Trump foi “o maior crime” e uma violação das leis internacionais.

Jerusalém, reverenciada igualmente por judeus, cristãos e muçulmanos, é o lar do terceiro mais sagrado local do Islã e tem estado no coração do conflito israelense-palestino por décadas. Israel capturou a Jerusalém Oriental árabe em 1967 e posteriormente anexou-a em uma ação não reconhecida internacionalmente.

Fonte: www.turkishminute.com